Peça de 1967 que lança Chico Buarque em  sua trajetória como dramaturgo.

O espetáculo conta a história de Benedito Silva, um músico de pouco talento que se rende a indústria do entretenimento para conseguir fama e sucesso.
Ao longo da encenação, Benedito consegue sucesso meteórico e após mudar de nome por duas vezes para se manter no estrelato, é levado ao suicídio. Depois deste fato, sua esposa assume a condição de estrela pré-fabricada e dá continuidade ao jogo de interesses financeiros ligado ao show business.

A peça foi marcada pela perseguição da ditadura em vários estados onde chegou a ser encenada  e acabou censurada.

Escrito por Chico Ruy Guerra, o espetáculo buscava interpretar uma passagem da história do Brasil, na qual os holandeses ocuparam o nordeste açucareiro entre os anos de 1630 e 1654. O objetivo da peça era demonstrar que todos os envolvidos naquele episódio foram de algum modo, traidores, desmistificando a ideia de que Calabar teria sido o único grande traidor.

Infelizmente, a peça foi vista como ameaça pela ótica da ditadura de Médici na época e o governo optou por censurar o espetáculo. No ano seguinte um grande investimento financeiro foi realizado para que o espetáculo pudesse ser encenado, entretanto, às vésperas da estreia, o texto foi reexaminado e definiu-se uma nova censura.

Apenas em 1980 a peça pode ser encenada, desta vez sob a direção de Fernando Peixoto.

Parceria entre Chico Buarque e Paulo Pontes, baseada na ideia do dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho.

Uma recriação de Medéia, de Eurípedes, num espaço suburbano de um conjunto habitacional do Rio de Janeiro.

 Na história desta peça, há dois enredos paralelos. Um de natureza passional que mistura amor e ódio, conta a história de Joana que é abandonada por seu companheiro. O outro enredo narra uma história que revela a exploração dos moradores do conjunto habitacional da Vila do Meio-dia fazendo alusão direta aos problemas vividos naquela época devido ao fracasso do Sistema Financeiro de Habitação, uma das principais bandeiras da ditadura militar.
Mesmo tendo recebido inúmeros cortes efetuados pela censura, a peça Gota D´água recebeu o Prêmio Molière, mas os autores recusaram-se a receber o prêmio em resposta a censura de outros espetáculos na época

A Ópera do Malandro inspirada na Ópera do Mendigo de John Gay e na Ópera dos três vinténs de Bertolt Brecht é contextualizada no Brasil do final do Estado Novo, em 1940.

Com o início de uma nova época, ao malandro do famoso bairro da Lapa no Rio de Janeiro, só restam dois destinos: o primeiro é se marginalizar e ser destruído pelo sistema e o outro de se aburguesar e aprender a aplicar golpes sobre os menos favorecidos.

Pode-se dizer também que o  espetáculo faz alusão ao fim da década de 70, período que  marcou o início do declínio da  era ditatorial.

Neste espetáculo que mistura música, dança, acrobacias circenses, ópera e poesia; Chico Buarque e Edu Lobos foram os responsáveis pela trilha sonora que até hoje é considerada uma das mais brilhantes trilhas produzidas para o teatro nacional.

O Grande Circo Místico foi  baseado em um poema do livro “A Túnica Inconsútil” de Jorge de Lima, originalmente para o Balé Teatro Guairá, de Curitiba, uma das principais companhias de dança e teatro do Brasil.